Mr. Jones

- Eu não sou doente, eu sou assim!



Ficha Técnica:

Título Original: Mr. Jones
País de Origem: EUA
Ano de Lançamento: 1993
Gênero: Drama
Duração: 114 minutos
Direção Mike Figgis

Elenco:

Richard Gere
Lena Olin
Anne Bancroft
Tom Irwin
Delroy Lindo



O fato de ultrapassar aquela simples linha de divisa entre nossa casa e o “mundo”, expõem-nos de uma maneira inacreditável. Basta entrarmos no elevador para que estejamos submetidos, a inúmeros julgamentos: sobre o que vestimos, falamos, somos, o que e como comemos,como andamos, gesticulamos, como é nosso cabelo, as idéias que temos, nossa postura, nossa opção sexual, a forma como gastamos nosso dinheiro, os critérios que temos para combinar nossas roupas.
Muitas vezes, a partir de fúteis critérios, decidem se somos ou não, inteligentes, interessantes, se podemos ou não ser admitidos em um emprego, nos relacionar, se seremos bem recebidos em um ambiente, se somos confiáveis, etc.
Quantas pessoas são descriminadas e marginalizadas por serem como são, simplesmente pela excentricidade, a fuga do convencional, o desejo de quebrar paradigmas ou de protestar, a vontade de satisfazer, sobretudo, a si mesmo, de provar que viver não tem uma fórmula perfeita.
Quantas vezes sentimos vontade de gritar, cantar ou dançar no meio da rua, quantas vezes, por medo da má-interpretação alheia deixamos de praticar atitudes simples que nos deixariam profundamente felizes, mas que não podem ser tomadas.
Vivemos em constante estado de intimidação, tememos que pensem que determinados atos que temos o desejo de praticar seriam considerados loucura e por isso quantas vezes nos privamos deles.
Ah! Mr. Jones. Faz-nos perder a credibilidade em prognósticos médicos, causa confusão e nos faz rever o conceito sobre o que é, ou não, loucura.
Viva uma vida eufórica, entusiástica, seja carismático, maluco, faça o que tiver vontade, o que dá prazer, o que acredita que pode e deve ser feito independentemente de razão, controle, senso comum, moral, lucidez, desperte paixões, fascínio, inveja, provoque admiração, infantil, não tenha medo do julgamento alheio, seja livre.
E só depois venha dizer-me se vale, ou não, à pena usar uma camisa de força de vez em quando.


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