Blindness

The only thing more terrifying than blindness is being the only one who can see


Se você já assistiu o filme Blindness(Fernando Meirelles) , adaptação do livro 'Ensaio sobre a Cegueira(José Saramago), e alguém lhe pediu comentários sobre a película, certamente você vai exigir da pessoa uns cinco minutos - no mínimo - para começar a arranhar a complexidade dos vários significados e interpretações. Eu gosto muito de cinema asiático. Um dos motivos é a fotografia que transmite a emoção de cada cena, tudo está ali, explícito, sem que, necessariamente, algum personagem tenha que abrir a boca ou chorar para que você reconheça a dramaticidade apresentada. Kieslowski é um diretor polonés que também tem uma preocupação exagerada e detalhista com a fotografia ee seus filmes(A dupla vida de verônica, A igualdade é branca, Não matarás). Fernando Meirelles não dirigiu uma ficção daquelas que você sai do cinema chorando horrores; O filme não é sensacionalista. Foi legal que no caminho para o cinema, ontem a noite, eu e minha companheira(Ani), encontramos um professor da faculdade que conversou conosco sobre 'choques', dos mais diversos tipos. Lembro que eu lhe disse que muitos livros chocam a gente, e portanto, são dignos de lembrança por serem bons livros. Blindness chocou a todos nós naquela sala. Ninguém poderia sair indiferente depois de um roteiro tão familiar, tão cotidiano! The only thing more terrifying than blindness is being the only one who can see. Diz a esposa(Julianne Moore) do Médico(Mark Ruffalo). As pessoas começam a ficar cegas e apenas uma consegue ver. Talvez ela tenha sido a única que sentiu inveja quando ouviu de um companheiro "Eu voltei a enxergar! É tudo lindo!".


Direção: Fernando Meirelles
Roteiro: Fernando Meirelles, José Saramago
Ano de lançamento: 2008


Atores:
Juliano Moore
Mark Ruffalo
Gael Garcia Bernal
Danny Gloover
Alice Braga


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La Notte

O cinema da década de sessenta geralmente desagrada o público contemporâneo porque é tedioso, contemplativo, e cheio de simbolismos. Este filme do diretor Michelangelo Antonioni foge um pouco desse modelo por ser mais dinâmico e conter mais diálogos. São aproximadamente duas horas de um filme que aborda os temas: angústia, solidão, rotina. Giovanni Pontano e Lidia são casados e tem uma situação econômica e emocional razoável, sem problemas evidentes. Certa vez, eles saem a noite, assistem uma apresentação de dançarinos, ficam entediados e resolvem ir até uma festa. Nessa ocasião acontecem coisas surpreendentes. Traição, corrupção, hipocrisia, o que há de repulsivo no ser humano é representado por várias atitudes do marido de Lídia, ela - mesmo longe do marido - se nega a traí-lo. A Noite é uma crítica social, mas vai além disso. Este é o segundo filme da trilogia da incomunicabilidade.






# Informações Técnicas
Título no Brasil: A Noite
Título Original: La Notte
País de Origem: Itália
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 120 minutos
Ano de Lançamento: 1961
Direção: Michelangelo Antonioni

# Elenco
Marcello Mastroianni - Giovanni Pontano
Jeanne Moreau - Lidia
Monica Vitti - Valentina Gherardini
Bernhard Wicki - Tommaso Garani
Rosy Mazzacurati - Rosy


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Filme baseado na história real de um vendedor de móveis que, em 1972, armou um plano para assassinar o então presidente Richard Nixon seqüestrando um avião para jogar uma bomba de gás sobre a Casa Branca.




Niels Muller, realizador desta obra prima contemporânea, fez crescer em nossos corações a semente do absurdo e solidariedade. Não, nenhum outro ator poderia estar no lugar de Sean Penn, porque nesse filme está presente o seu melhor; Autenticidade e vigor que raramente foi visto no cinema. Basicamente, o roteiro apresenta-nos o processo de politização e revolta de Samuel Bicke, trabalhador de uma loja de móveis. Muitos críticos dizem que esse personagem é um fracassado. Mas isso é um grande engano. Sam venceu seus medos e frustrações; Chegou ao ponto máximo da intolerância quando decidiu matar o presidente Nixon, e por em risco a vida de outras pessoas. Naomi Watts que faz o papel de Marie Andersen Bicke (ex esposa de Sam) novamente está num filme com Sean Penn (21 Grams). Don Cheadle completa o elenco com um personagem ideologicamente oposto a Sam.





Ficha Técnica
Título no Brasil: O assassinato de um presidente
Direção: Niels Muller
Roteiro: Niels Muller e Kevin Kennedy
Duração: 95 minutos
Ano de lançamento: 2006
País: EUA
Idioma: Inglês
Gênero: Drama


Elenco
Sean Penn,
Naomi Watts,
Don Cheadle,
Jack Thompson,
Brad William Henke,
Nick Searcy


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WANTED

What did he do to deserve to die? You don't know. I didn't know if he was bad. I didn't know if he was evil. I didn't know anything about him. We get orders from a loom; fate. And we're supposed to take enough faith in what we're doing is right. Killing someone we know nothing about.


Os atrativos deste filme, a primeira vista são, Morgan Freeman e Angelina Jolie. Nenhum dos dois, claro, tiveram interpretações dignas para receber prêmios mundo a fora; Duvido até que os seus maiores fãs tenham aplaudido de pé, no final de quase duas horas. Wanted, em si, é um exercício cinematográfico muito interessante, porque nos convida - mesmo que indiretamente - a romper com preconceitos contra filmes com muitos efeitos especiais, de muita ação, tipo "cinemapipoca". Timur Bekmambetov, neste trabalho, demonstrou com inteligência algumas representações do dogmatismo, corrupção e abuso de poder. Aí você se pergunta como esse tipo de crítica político-social, poderia estar vinculado ao filme bang-bang moderno? Méritos de um roteiro e direção empolgantes, que fazem você sair do cinema pensando no filme, comparando com o seu cotidiano. "Mate um, talvez salve milhares", interessante analisar o discurso da mídia, melhor ainda é perceber e criticar essas mensagens no cinema, onde tudo é aceito com mais facilidade; O contraponto dessa máxima da política do terror contemporâneo está num filme chamado Rendition, analisado por Ani Barichello, aqui mesmo no Cinema & Cia Ltda.

Sinopse: Wesley (James McAvoy) é sum cidadão comum, com sua rotina e frustrações, que do dia pra noite passa a ser perseguido por Fox (Angelina Jolie), membro de uma fraternidade de assassinos comandada por Sloan (Morgan Freeman). O plano da entidade é treinar Wesley para que ele se integre ao grupo, e consiga matar um alvo revelado pelo 'Destino'.


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Informações Técnicas
Título no Brasil: O Procurado
Título Original: Wanted
País de Origem: EUA
Gênero: Ação
Classificação etária: 18 anos
Tempo de Duração: 110 minutos
Ano de Lançamento: 2008
Site Oficial: http://www.wantedmovie.com
Direção: Timur Bekmambetov
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Elenco
James McAvoy - Wesley Allan Gibson
Morgan Freeman - Sloan
Angelina Jolie - Fox
Terence Stamp - Pekwarsky
Thomas Kretschmann - Cross
Common - Gunsmith
Kristen Hager - Cathy
Marc Warren - The Repairman
David O'Hara - Sr. X
Konstantin Khabensky - The Exterminator
Dato Bakhtadze - The Butcher
Chris Pratt - Barry
Lorna Scott - Janice
Sophiya Haque - Puja
Brad Calcaterra - Assassin Max Petridge

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Curiosidade:
Baseado na série de história em quadrinhos de Mark Millar
Diretor criador de 'Guardiões da Noite', franquia de filmes de maior sucesso na história da Rússia.

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GRIZZLY MAN

Sinopse: Conheça a vida de Timothy Treadwell, um ambientalista que passou 13 verões consecutivos no Alasca, vivendo desarmado entre os animais.



O ser humano ao longo da história, apresenta extremos na relação com os outros animais. Ou desrespeita a dignidade e liberdade dos outros seres vivos, ou se torna um tipo de 'Homem Urso', e trata os outros bichos com essa compaixão exagerada, chegando ao ponto de agir como macacos, ou ursos. Exemplos não faltam. No reino animal o que sempre funcionou - por muito tempo - antes de começarmos a domesticá-los, foi a Lei do respeito. Esse respeito significa que, se você faz parte de uma outra espécie, eu não vou lhe exterminar, muito menos acabar com a sua comida (ou com aqueles que você é predador). Portanto os animais tem esse respeito de não se exterminarem (direta ou indiretamente).


Não se vê macaco passando a mão na cabeça de tatu. Tampouco encontramos leões lambendo uma zebra. Nunca vi girafa tentando ser gorila, ou sapo imitando o life-style de um camundongo. Mas nós adoramos fazer isso, é impressionante. "Instinto", é um outro filme que possui um tema semelhante. Ele é baseado na obra do Daniel Quinn, Ismael.


Quinn, fez duras críticas ao filme, justamente porque o personagem principal queria viver como um gorila, incorporando seus costumes e compartilhando o mesmo habitat. O ponto não é: "vamos aprender com os outros animais sendo como eles", mas sim: "Vamos respeitá-los assim como apoiar a diversidade de cada cultura, seja ela de que espécie for". Essas reservas de "proteção" aos animais, que são mostradas no filme 'o homem urso', são uma piada de mal gosto à qualquer um que tenha um senso mais crítico da realidade. Como pode uma raça dizer: "Olha, veja bem... Nós vamos ceder um pedacinho de terra para vocês nascerem, crescerem e morrerem, mas não antes da gente brincar de atirar em você, arrancar sua pele e fazer da sua mão um cinzeiro".


Essa "viagem" que o ambientalista Timothy Treadwell, tinha de angelicar os outros animais é uma idiotice sem tamanho. Ele não entendia como os outros bichos também podem fazer mal uns ao outros, e serem egoístas. Essa é uma das críticas que o diretor , Werner Herzog, que narra o filme fez, com boa razão. É interessante quando Timothy, encontra um urso bebê morto, e custa a acreditar que tenha sido um outro urso que tenha matado seu próprio filho, para que a mãe possa transar com ele novamente em vez de amamentar o seu bebê. O filme/documentário, levanta várias questões super interessantes sobre a nossa relação com o mundo e os animais, que tentam sobreviver nesse planeta governado por uma única raça. Indiscutível é o Amor que esse homem tinha pelos animais, e os momentos de pura comoção que a magnífica direção, assim como as entrevistas dos que conheciam o ambientalista provocam em nossos corações.




Ficha Técnica


Direção: Werner Herzog
Roteiro: Werner Herzog
Nacionalidade: Estados Unidos
Ano de lançamento: 2005

Tipo: Longa, 103 minutos

Gênero: Documentário

Idioma: Inglês

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Prêmios


- Vencedor, 2005, Sundance film festival

Prêmio Alfred P Sloan

- Vencedor, 2005, Mountain film festival

Melhor documentário


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FESTEN

Thomas Vinterberg, roteirista e diretor, representou nesse trabalho de 1998, o sentimento de rancor com extrema maestria; E ironicamente, a verdade, mais uma vez, saiu depois que o álcool entrou.


Primeira obra do projeto dogma 95, Festen explora as relações de poder dentro de uma família tradicional, que por trás da alta classe social que pertence, deixa transparecer - mesmo que internamente - a injustiça e a corrupção, que será atacada por Christian Klingenfeld, um dos filhos de Helge que reune os parentes para a comemoração dos seus 60 anos. Festen se encaixa perfeitamente no conceito de obra de arte de Dean Koontz, romancista americano. Segundo ele, a Arte deve chocar o espectador, deixá-lo envergonhado perante suas próprias convicções; A Arte é um ataque direto a todo conservadorismo, portanto, a grande contribuição da Arte é a sua capacidade de nos motivar a transvalorar a(s) verdade(s) que nos fizeram acreditar. Thomas Vinterberg, roteirista e diretor, representou nesse trabalho de 1998 o sentimento de rancor com extrema maestria; E ironicamente a verdade, mais uma vez, saiu depois que o álcool entrou. É revoltando e deveras comovente a presença do Racismo na família de Michelle, a irmã, que leva para a festa o seu namorado negro. Toda a violência é apresentada de diferentes maneiras, logo, precisamos de uma autocrítica a altura das consequências dos nossos atos particulares e em sociedade.





Ator/Atriz Personagem

* Ulrich Thomsen Christian Klingenfeldt
* Henning Moritzen - Pai
* Thomas Bo Larsen - Michael
* Paprika Steen - Helene
* Birthe Neumann - Mãe
* Trine Dyrholm - Pia
* Helle Dolleris - Mette
* Therese Glahn - Michelle


Ficha Técnica

Direção: Thomar Vinterberg
Roteiro: Thomar Vinterberg
Ano de lançamnto: 1998
Título em português: Festa em Familia
Idioma: Dinarmarquês
Gênero: Drama
Nacionalidade: Dinamarca
Tipo: Longa, 105 minutos
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Fahrenheit 451

— O que faz nas horas de folga, Montag?
— Muita coisa... corto a grama...
— E se fosse proibido?
— Ficaria olhando crescer, senhor.
— Você tem futuro.


A obra de Ray Bradbury, está entre as leituras subversivas que são adoráveis de ler na juventude, porque a cada página lida o jovem sente-se revoltado com a hipótese de um futuro pior do que o seu cotidiano, assim, motiva-se a lutar contra as técnicas de dominação que os sistemas jurídico e religioso lhe impõe. Fahrenheit 451, filmado em 1966 por François Truffaut é um tributo a resistência da sociedade que tem a consciência da importância da leitura para a formação de um povo com autonomia, politização, e capacidade de crítica e autocrítica.

Sinopse: A história é sobre um bombeiro que conhece uma professora (Julie Cristie) que se atreve a ler. Depois de algum tempo, Guy Montag sente vontade de saber o que há de tão perigoso nesses livros que ele queima a cada denuncia que recebe por parte de civis que também não são a favor da leitura. Oskar Werner representa muito bem o que os leitores esperavam do personagem. Provavelmente o público que gostou de 'Laranja Mecânica' e 1984, vai usar esses dois brilhantes trabalhos, de Radbury e Truffaut, para fundamentar sua crítica ao Estado interventor na individualidade dos cidadãos.




Elenco
  • Oscar Werner - Guy Montag
  • Julie Cristie - Clarisse / Linda Montag
  • Cyril Cusack - capitão
  • Anton Diffring - Fabian / Headmistress
  • Jeremy Spenser - homem com a maçã
  • Bee Duffell
  • Alex Scott
  • Noel Davis

Ficha Técnica
Roteiro: Jean-Louis Richard
Gênero: Ficção científica
Idioma: Inglês
Ano de lançamento: 1966
Nacionalidade: Reino Unido


Principais prêmios e indicações
BAFTA 1967 (Reino Unido)
  • Indicado na categoria de Melhor Atriz (Julie Christie).

Festival de Veneza 1966 (Itália)

  • Foi indicado ao prêmio Leão de Ouro
Curiosidades
¹O nome da obra é uma referência à temperatura que o papel queima.
²Primeiro filme colorido do diretor.

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Gummo

Acostuma-nos com um estereótipo perfeito, já vem embutido quando nascemos, primeiro devemos parecer com bonecas, depois com manequins; na maioria dos casos, pouco importa o QI, seremos mais bonitos quanto mais claros os nossos olhos, quanto mais altos formos, quanto mais lisos nossos cabelos e quanto mais magros melhor. Isso está na televisão, nas revistas, nos filmes, nas ruas, isso está nos grupos de amigos, estampado na expressão das pessoas quando nos olham dos pés à cabeça.


Ficha Técnica

» Direção: Harmony Korine
» Roteiro: Harmony Korine
» País do Origem: USA
» Ano de Lançamento: 1997
» Gênero: Drama

Elenco

» Jacob Sewell
» Nick Sutton
» Lara Tosh
» Jacob Reynolds
» Chloë Sevigny




- Eu não sou estranha quanto eu imaginava.
Inevitavelmente é a primeira idéia que vem à mente já no início deste filme.
Preciso vê-lo novamente, senti que precisa ser mastigado, mas também não pretendo ver tantas vezes para que a indignação inicial não transforme-se em algo banal como acontece com tantas coisas em nosso cotidiano, quando a violência não nos choca mais, quando deixamos de nos rebelar contra preconceitos, corrupção, etc.
O início é estranho, um narrador fala sobre um tornado que passa pela cidade de Xenia, no Estado de Ohio, nos EUA, no ano de 1974, dá a entender que o filme se desenrolará em torno disso, mas não.
Diversas pessoas e situações fora do “padrão”, em histórias paralelas, uma tão chocante quanto a outra.
Há certa semelhança com Kids e Ken Park, ambos dirigidos por Lary Clark, não apenas pela presença de Chloë Sevigny (Jennie no filme Kids), a título de curiosidade pesquisei e descobri que é da mesma roteirista, aqui também diretor.
Acostuma-nos com um estereótipo perfeito, já vem embutido quando nascemos, primeiro devemos parecer com bonecas, depois com manequins; na maioria dos casos, pouco importa o QI, seremos mais bonitos quanto mais claros os nossos olhos, quanto mais altos formos, quanto mais lisos nossos cabelos e quanto mais magros melhor. Isso está na televisão, nas revistas, nos filmes, nas ruas, isso está nos grupos de amigos, estampado na expressão das pessoas quando nos olham dos pés à cabeça.
Não é tão simples assim “comum”, também não é assim a realidade, este filme evidencia isso.

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IMDB: http://www.imdb.com/title/tt0119237/

Ken Park

Assim como o Kids é focado em adolescentes, o interessante é que ele vai além de sexo e drogas, mas, ainda neste contesto, mostra suas relações familiares, aspectos psicológicos, problemas como alcoolismo, pedofilia, homossexualidade, homicídio, fanatismo religioso, suicídio, violência doméstica, incompreensão, etc.



Achei Kids, forte, simples e precário – o que não chega a ser ruim, porque é como um filme que trata de assuntos cotidianos deve ser -, mas sem dificuldade, conseguiu o que pretendia: ilustrar a realidade dos adolescentes e os problemas que surgem com a inserção nas drogas e sexo, cada vez mais cedo.
Quando meu namorado disse que havia outro filme do Larry Clark, fiquei morrendo de vontade de ver, baixei, mas deixei-o “mofando” por alguns meses.
Ouvi comentários sobre ser praticamente um filme pornô e desanimei um pouco.
Uma noite dessas, livre de qualquer preconceito, resolvi assisti-lo.
Tamanha foi minha surpresa que resolvi recomendá-lo.
Assim como o Kids é focado em adolescentes, o interessante é que ele vai além de sexo e drogas, mas, ainda neste contesto, mostra suas relações familiares, aspectos psicológicos, problemas como alcoolismo, pedofilia, homossexualidade, homicídio, fanatismo religioso, suicídio, violência doméstica, incompreensão, etc.
É interessante como as pessoas convivem com seus familiares, parceiros, amigos, colegas de trabalho e desconhecem suas angústias, problemas, frustrações.
É um filme que, além de tudo, faz com que a expressão das pessoas com quem você convive já não passem tão despercebidas assim.



Ficha Técnica

»Título Original: Ken Park
»Direção: Larry Clark e Edward Lachman
»Paris de Origem: EUA/Holanda/França
»Ano de Lançamento (EUA): 2002
»Roteiro: Harmony Korine »Gênero: Drama
»Tempo de Duração: 96 minutos
»Site Oficial: www.larryclarkofficialwebsite.com

Elenco

»James Ransone (Tate)
»Tiffany Limos (Peaches)
»Stephen Jasso (Claude)
»James Bullard (Shawn)
»Mike Apaletegui
»Adam Chubbuck

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The Libertine

Ele não resistia às tentações. Ele as desejava.



O Libertno é o primeiro e único trabalho desse diretor britânico. Não sabemos se ele é cheio da grana e/ou se tem bons contatos em Hollywood, mas o ponto positivo é que Laurence Dunmore neste trabalho inicial ele conseguiu juntar o bem conceituado John Malkovich, a esforçada Samanta Morton, Saramunda Pike e sua beleza natural e o talentoso Johnny Depp para garantir no mínimo que o público evite preconceitos maldosos. O filme ambientado na Londres decadente do século XVII, apresenta-nos a história de John Wilmot, o segundo conde de Rochester. O Rei Charles II na época está enfrentando graves problemas com a política internacional e tem dificuldade para lidar com o povo. Aí que entra o anti-herói John Wilmot, um poeta que se usasse a própria influência e talento poderia ajudar a monarquia. O filme agrada principalmente àqueles que gostam de filmes politizados, provocantes e que além de tudo envolva teatro, e seja biográfico. Johnny Depp em entrevista disse que este trabalho foi um dos que ele teve mais prazer em participar. Principalmente porque teve que pesquisar os escritos do verdadeiro 'Wilmot' e tentar ao máximo representar o seu comportamento intrigante.





»Título no Brasil: O Libertino
»Título Original: The Libertine
»País de Origem: Reino Unido
»Gênero: Drama
»Tempo de Duração: 114 minutos
»Ano de Lançamento: 2004
»Site Oficial: http://www.thelibertine-movie.com/
»Estúdio/Distrib.: Califórnia
»Direção: Laurence Dunmore

»Elenco: Johnny Depp,
John Malkovich,
Saramund Pike,
Samantha Morton


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Le Temps Qui Reste

Você pode escutar meu coração? Ele ainda bate.

Os amantes do cinema francês aplaudirão de pé, os curiosos ficarão assustados com o poder da fotografia, e aqueles de bom coração terão a alma lavada depois de assistir essa obra-prima de François Ozon. É tudo magnífico. Os longos takes contemplativos cheios de simbolismos que dispensam palavras que apenas iriam limitar a compreensão da obra; A trilha belíssima do compositor russo Arvo Pärt que combina perfeitamente com a autenticidade impressionante da atuação de Melvil Poupaud; E a direção brilhante do diretor e roteirista que certamente está entre os melhores do cinema europeu contemporâneo. Romain (Melvil Poupaud) é um fotógrafo de moda que no meio do expediente de trabalho passa mal e quando vai ao médico fazer alguns exames descobre que tem um tumor maligno, incurável. Dessa forma ele aceita a condição de que lhe restam apenas alguns meses de vida. A partir desse momento somos presenteados com um Drama tipo tragédia de fazer Leônidas chorar. Que bom que estamos diante de um filme que apresenta um relacionamento gay não de forma sensacionalista e focada; O mérito do diretor é tratar desse tema com muita naturalidade, dando a impressão que o cinema e a sociedade em geral já supereraram os preconceitos reacionários. Não é um filme gay, isso é importante destacar, 'O tempo que resta' está muito além disso. Parece-me que o desespero de Romain é saber que vai morrer em pouco tempo, o arrependimento pelos seus erros conscientes, e principalmente a fatalidade de não ter mais perspectiva de futuro, reconhecendo, assim, a derrota iminente. A fragilidade da existência é tratada de forma cruel e direta. E quanto a nós? Vamos viver para sempre? Algum carro vai nos atropelar amanhã? Talvez alguma bala perdida nos encontre, ou quem sabe o aparecimento de uma doença terminal? O que você fará com o seu tempo que resta? Pense. Pare de brincar de ser humano.


»Título no Brasil: O Tempo que Resta
»Título Original: Le Temps qui Reste
»País de Origem: França
»Gênero: Drama
»Tempo de Duração: 85 minutos
»Ano de Lançamento: 2005
»Estréia no Brasil: 25/08/2006
»Site Oficial: http://www.francois-ozon.com
»Estúdio/Distrib.: Califórnia
»Direção: François Ozon

»Elenco: Melvil Poupaud. Romain
Jeanne Moreau. Laura
Valeria Bruni Tedeschi. Jany
Daniel Duval. O Pai
Marie Rivière. A Mãe
Christian Sengewald. Sasha
Louise-Anne Hippeau. Sophie
Henri de Lorme. Doctor
Walter Pagano. Bruno
Violetta Sanchez. Agent
Ugo Soussan Trabelsi. Romain criança
Alba Gaïa Kraghede Bellug. Sophie criança
Victor Poulouin. Laurent
Laurence Ragon. Notary

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Pierrot Le Fou

“Ainda mantém um diário. Pois as palavras podem iluminar as sombras ao redor das coisas que designam mesmo que degradadas pelo cotidiano. As palavras retêm apenas o que é puro.”



Uma das primeiras cenas do filme parece uma seqüência de comerciais de televisão entre um capítulo de uma novela e outro. Esse momento do filme ilustra perfeitamente porque Ferdinand (personagem de Jean-Paul Belmondo), ou Pierrot, como preferir, fez o que fez.
Não é nada difícil cansar dessa vida fútil e material. O filme é a realização do impulso frustrado de muitas pessoas: num dia qualquer que poderia ser apenas mais um dia, você conhece uma pessoa interessante capaz de lhe acompanhar e em qualquer loucura, você está insatisfeito com sua vida, sua esposa, seu trabalho, seus amigos, você quer fugir, em busca de qualquer coisa que justifique estar vivendo. E ao invés de ficar se martirizando ao pensar nisso, você realmente vai.
A fotografia do filme é belíssima, os personagens são imprevisíveis, excêntricos e interessantes, a história? Surpreendente. Enfim, Godard.


Ficha Técnica:

» Título em Português: O Demônio das Onze Horas
» Direção: Jean-Luc Godard
» Roteiro: Jean-Luc Godard
» Gênero: Drama
» Ano: 1965
» Origem: França/Itália
» Duração: 110 minutos
» Tipo: Longa
» IMDB: http://www.imdb.com/title/tt0059592/


Elenco:

» Jean-Paul Belmondo
» Anna Karina
» Graziella Galvani

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Sous Le Sable

A morbidez é um ponto marcante nessa obra de François Ozon(Swimming Pool, Le temps qui reste). Desde o inicio público percebe o peso da melancolia que acompanha esse filme de Roteiro simples e direto. O tema tratado é clichê. Esposa perde marido e não consegue se livrar do seu fantasma, e apartir daí apresenta comportamento esquizofrênico, paranóico, e ao mesmo tempo frustra-se com tentativas de libertação de um passado que persiste em atormentá-la. A trilha sonora é fraca e esquisita, não condiz com a dor que a personagem Marie Drillon(Charlotte Rampling ) evidentemente sente por causa da perde inexplicável de Jean Drillon(Bruno Cremer). Os pontos positivos do filme são a ótima atuação da atriz principal, e as características básicas do cinema Francês. Também é interessante o papel do marido de Marie, que é um homem pacfivo e introspectivo ao ponto de ter guardado máguas da esposa por muito tempo, até que num dia qualquer, depois de terminar de passar protetor solar em Marie, diz que vai tomar banho de mar e subitamente desaparece. Marie começa a descobrir as possíveis causas do que aconteceu à de Jean quando vai conversar com a Sogra, que a acusa de não ter percebido e compreendido a dor que o marido guardou. Um filme que faz o espectador refletir sobre alguns pontos importantes em qualquer tipo de relacionamento. Vale a pena conferir.


Ficha Técnica


» Título em português: Sob a Areia
» Gênero: Drama
» Tempo de Duração: 91 minutos
» Ano de Lançamento (França): 2000
» Estúdio: arte France Cinéma / Haut et Court / Euro Space / Fidélité Productions
» Distribuição: Haut et Court
» Direção: François Ozon
» Roteiro: Emmanuèle Bernheim, François Ozon, Marcia Romano e Marina de Van
» Produção: Olivier Delbosc e Marc Missonnier
» Música: Philippe Rombi
» Fotografia: Antoine Héberlé e Jeanne Lapoirie
» Desenho de Produção: Sandrine Canaux
» Direção de Arte: Sandrine Canaux
» Figurino: Pascaline Chavanne
» Edição: Laurence Bawedin
» Elenco: Charlotte Rampling, Bruno Cremer, Jacques Nolo, Alexandra Stewart


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Lost Highway

Comentar sobre qualquer obra de David Lynch é desde incícil reconhecer limitações na argumentação. Segundo o próprio diretor, seus filmes não são feitos parare serem entendidos, mas sentidos. Certamente pode-se encontrar várias interpretações para compreender o significado de Mulholland Drive(cidade dos sonhos), Inland Empire, e até mesmo para o mais linear de seus filmes, Lost Highway (Estrada Perdida). Entretanto, quando a obra chega ao fim, é mais fácil falar sobre as sensações que nos foi provocada, do que encontrar sentido lógico para uma ou outra cena. A Estrada perdida - 1997 - conta a história de Fred Madison (Bill Pullman, de independence Day, Querida Wendy) que é condenado a pena de morte por ter assassinado cruelmente a sua esposa (Patricia Arquette, de Fast Food Nation, e Vivendo no Limite). Fred aparentemente não se lembra de ter cometido o crime, e daí em diante o filme parece que recomeça, porque novos personagens aparecem em cena, dando um novo fôlega a esse suspense cativante. A trilha sonora é o grande ponto forte, com a participação de Rammstein, Marilyn Mansn, Nine Inch Nails, The Smashing Pumpkins, entre outros. A direção de David Lynch proporciona uma atmosfera onírida em grande parte do filme, chegamos a questionar várias vezes se determinado personagem está ou não dentro de um sonho. Essa confusão é uma das qualidades dessa obra que coloca o cinema americano num patamar de alto nível.

Ficha Técnica

» Título em português:
A Estrada Perdida
» Direção: David Lynch
» Roteiro: David Lynch, Barry Gifford
» Gênero: Drama/Suspense
» Origem: Estados Unidos
» Duração: 135 minutos
» Tipo: Longa
» Elenco: Bill Pullman, Patricia Arquette, Robert Loggia


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La Graine et le Mulet

Sinopse: Slimane Beiji (Habib Boufares) tem 60 anos e enfrenta um divórcio após anos de casamento. Sem emprego nem salário, ele é obrigado seguir dependente de sua família, transformando-o num homem inútil para a sociedade e fracassado. Ele resolve foca em seu maior sonho: abrir um restaurante.






- O filme dirigido por Abdel Kechiche surpreende por ser muito parecido com o projeto dogma 95 de Thomas Vinterberg e Lars Von Trier. Essa semelhança se dá na técnica empregada no uso da câmera, na exaustiva insistência de filmar em close, e no interesse sobre situações cotidianas que são banalizadas em filmes comerciais. O protagonista, Slimane Beiji, não é um tipo ideal de herói. Ele é separado da primeira esposa, melancólico e passivo. Eu admiro filmes que mostram a desgraça humana, a miséria, a dor, a incompreensão. Por isso a obra de Kechiche é tão realista, perturbadora, difícil de assistir até o final. O segredo do grão também aborda temas políticos como xenofobia contra os árabes residentes na frança, a exploração do patrão sobre os empregados, e principalmente as consequências das atitudes em sociedade. Ninguém sairá do cinema sem peso na consciência.







Ficha Técnica

»Título no Brasil: O Segredo do Grão
» Direção: Abdel Kechiche
» Roteiro: Abdel Kechiche
» Produção: Claude Berri
» Gênero: Drama
» Origem: França
» Duração: 151 minutos
» Tipo: Longa


» Elenco: Habib Boufares, Hafsia Herzi, Faridah Benkhetache, Abdelhamid Aktouche, Bouraouia Marzouk.


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Mr. Jones

- Eu não sou doente, eu sou assim!



Ficha Técnica:

Título Original: Mr. Jones
País de Origem: EUA
Ano de Lançamento: 1993
Gênero: Drama
Duração: 114 minutos
Direção Mike Figgis

Elenco:

Richard Gere
Lena Olin
Anne Bancroft
Tom Irwin
Delroy Lindo



O fato de ultrapassar aquela simples linha de divisa entre nossa casa e o “mundo”, expõem-nos de uma maneira inacreditável. Basta entrarmos no elevador para que estejamos submetidos, a inúmeros julgamentos: sobre o que vestimos, falamos, somos, o que e como comemos,como andamos, gesticulamos, como é nosso cabelo, as idéias que temos, nossa postura, nossa opção sexual, a forma como gastamos nosso dinheiro, os critérios que temos para combinar nossas roupas.
Muitas vezes, a partir de fúteis critérios, decidem se somos ou não, inteligentes, interessantes, se podemos ou não ser admitidos em um emprego, nos relacionar, se seremos bem recebidos em um ambiente, se somos confiáveis, etc.
Quantas pessoas são descriminadas e marginalizadas por serem como são, simplesmente pela excentricidade, a fuga do convencional, o desejo de quebrar paradigmas ou de protestar, a vontade de satisfazer, sobretudo, a si mesmo, de provar que viver não tem uma fórmula perfeita.
Quantas vezes sentimos vontade de gritar, cantar ou dançar no meio da rua, quantas vezes, por medo da má-interpretação alheia deixamos de praticar atitudes simples que nos deixariam profundamente felizes, mas que não podem ser tomadas.
Vivemos em constante estado de intimidação, tememos que pensem que determinados atos que temos o desejo de praticar seriam considerados loucura e por isso quantas vezes nos privamos deles.
Ah! Mr. Jones. Faz-nos perder a credibilidade em prognósticos médicos, causa confusão e nos faz rever o conceito sobre o que é, ou não, loucura.
Viva uma vida eufórica, entusiástica, seja carismático, maluco, faça o que tiver vontade, o que dá prazer, o que acredita que pode e deve ser feito independentemente de razão, controle, senso comum, moral, lucidez, desperte paixões, fascínio, inveja, provoque admiração, infantil, não tenha medo do julgamento alheio, seja livre.
E só depois venha dizer-me se vale, ou não, à pena usar uma camisa de força de vez em quando.


Rendition

O título deve-se à Lei Extreme Rendition, um suspeito de terrorismo pode ser levado para seu país de origem e lá ser interrogado por autoridades norte-americanas.


Ficha técnica:

»Direção: Gavin Hood
»Roteiro: Kelley Sane
»Gênero: Policial
»País: EUA/África do Sul
»Ano de Lançamento: 2007

Site Oficial:

»http://www.renditionmovie.com

Elenco:

Omar Metwally
Reese Witherspoon
Meryl Streep
Jake Gyllenhaal




Lembro perfeitamente que quando fui assistir “Eu sou a lenda”, eu estava na e parei para ver os filmes que estavam em cartaz e ouvi alguém comentado:
- Esse filme tem cara de ser daqueles que a gente não dá nada, que vê acha bom pra caralho.
“Esse filme” era Rendition, no Brasil traduzido como “O Suspeito”.
Naquele mesmo dia vi o trailler e lembro que fiquei muito impressionada, eu acho incrível como nos convencem a ver um filme a partir do trailler, às vezes o resultado é positivo, às vezes negativo.
Sempre gostei de filme que tratam sobre tortura, repressão, terrorismo e ditadura, admiro muito a postura, caráter e dignidade das pessoas que promovem revolução e insurgem-se nessas situações, talvez tenha sido este o motivo pelo qual interessei-me pelo filme.
O filme trata paralelamente de uma mesma história sob diferentes perspectivas, algumas superficialmente e outras de forma mais amplas: a família de Anwar El-Ibrahimi (personagem de Omar Metwally) que parte da África do Sul em direção aos EUA, mas não chega ao seu destino, principalmente a busca desesperada de Isabella El-Ibrahimi (personagem de Reese Witherspoon), para descobrir onde está seu marido e o que deu origem ao seu desaparecimento; a rotina de Douglas Freeman (personagem de Jake Gyllenhaal), agente da CIA que estava presente quando aconteceu o ataque terrorista que deu início à toda a trama, e depois participa da investigação; o participante de um grupo terrorista em processo de ser homem-bomba; a família do policial que era alvo do ataque terrorista e que posteriormente comanda a investigação e procedimento da investigação envolvendo estes personagens.
O filme não é muito intenso, mas não peca ao abranger tantos temas, desde a retórica do comandante do grupo terrorista até os métodos utilizados pela CIA para colher informações, o medo do envolvimento político nestas situações.
Os resultados ineficazes da tortura ficam evidentes, o ciclo vicioso criado por falsas informações dadas por pessoas que, mesmo inocentes, precisam acusar alguém e o fazem, para preservar sua vida e/ou diminuir seu sofrimento.
O desrespeito aos direitos humanos e o preconceito contra os cidadão do Oriente-Médio e seus descendentes nos EUA, potencializado, principalmente após 11/09.
Enfim, “é um filme daqueles que a gente não dá nada, mas depois que vê acha bom pra caralho”.

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SEVEN

Os detetives de polícia Mills (Brad Pitt) e Somerset (Morgan Freeman) seguem as pistas de um serial killer (Kevin Spacey), que mata suas vítimas de acordo com os sete pecados capitais. O thriller de David Fincher conta também com a participação de Gwyneth Paltrow, no começo de sua carreira, interpretando Tracy, a esposa de Mills...


Tive inúmeras oportunidades para assistir o filme SEVEN, do diretor David Fincher (Fight Club, Panic Room), mas teimava em adiar, talvez por preconceitos com relação a filmes policiais, receio de um thriller previsível, e por aí vai. Fiquei admirado com esse filme que conta a história de dois policiais "Pink & Cérebro" que tentam obsessivamente encontrar o culpado dos vários "assassinatos" que ocorrem uma semana antes de William Somerset se aposentar. Mills, o policial emocional, impulsivo, e brincalhão, é interpretado por Brad Pitt, que tem bons e mals momentos no filme. Em algumas cenas aquele jeitão bobo e sarcástico de agir e falar lembra bastante o Mickey (Snatch - porcos e diamentes) e Tyler Durden (Fight Club). De qualquer forma, sua atuação nas últimas partes da película nos motiva a admitir que ele, assim como o resto do elenco, fizeram um bom filme. O encerramento não poderia ser melhor, não apenas pela tenção provocada com a possibilidade da execução do serial killer pelas mãos de Mills, que não queria matá-lo para exercer sua autoridade de policial, mas sim como ser humano. Descrente das instituições que protege, ele buscava vingança acreditando estar fazendo a coisa certa, e, assim, dormir em paz, seja na prisão ou em sua própria cama. Interessante mesmo foi o dialogo entre John Doe (Kevin Spacey) e Mills, quando o primeiro respondeu a pergunta: "Porque matou aquelas pessoas inocentes"? John argumenta que nenhuma delas eram ingênuas, nem mesmo Mills era inocente, pois assim como ele, eu, você, todos nós, toleramos todo tipo de violência em nossa sociedade, e aceitamos passivamente. Você pode chamar essa violência de pecado, ou de opressão da classe dominante, mas se esse filme vale a pena ser assistido, a meu ver, é porque ele faz o observador refletir até que ponto nós somos responsáveis pelo mundo que vivemos, de que maneira podemos interferir na realidade objetiva e, se temos o direito de expressar nossa liberdade sabendo que a mesma pode ferir a dignidade alheia e ou quem sabe até mesmo tirar a vida de outro ser. Precisamos de radicalismo(s) e sair por aí matando geral? Não vejo dessa forma, acredito que o diretor também não.


Ficha Técnica:

» Título Original: Seven
» Título no Brasil: Seven - Os Sete Pecados Capitais
» Ano de Lançamento: 1995
» Direção: David Fincher
» Roteiro: Andrew Kevin Walker
» Gênero: Policial
» Origem: Estados Unidos
» Duração: 127 minutos
» Tipo: Longa

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