La Graine et le Mulet

Sinopse: Slimane Beiji (Habib Boufares) tem 60 anos e enfrenta um divórcio após anos de casamento. Sem emprego nem salário, ele é obrigado seguir dependente de sua família, transformando-o num homem inútil para a sociedade e fracassado. Ele resolve foca em seu maior sonho: abrir um restaurante.






- O filme dirigido por Abdel Kechiche surpreende por ser muito parecido com o projeto dogma 95 de Thomas Vinterberg e Lars Von Trier. Essa semelhança se dá na técnica empregada no uso da câmera, na exaustiva insistência de filmar em close, e no interesse sobre situações cotidianas que são banalizadas em filmes comerciais. O protagonista, Slimane Beiji, não é um tipo ideal de herói. Ele é separado da primeira esposa, melancólico e passivo. Eu admiro filmes que mostram a desgraça humana, a miséria, a dor, a incompreensão. Por isso a obra de Kechiche é tão realista, perturbadora, difícil de assistir até o final. O segredo do grão também aborda temas políticos como xenofobia contra os árabes residentes na frança, a exploração do patrão sobre os empregados, e principalmente as consequências das atitudes em sociedade. Ninguém sairá do cinema sem peso na consciência.







Ficha Técnica

»Título no Brasil: O Segredo do Grão
» Direção: Abdel Kechiche
» Roteiro: Abdel Kechiche
» Produção: Claude Berri
» Gênero: Drama
» Origem: França
» Duração: 151 minutos
» Tipo: Longa


» Elenco: Habib Boufares, Hafsia Herzi, Faridah Benkhetache, Abdelhamid Aktouche, Bouraouia Marzouk.


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Mr. Jones

- Eu não sou doente, eu sou assim!



Ficha Técnica:

Título Original: Mr. Jones
País de Origem: EUA
Ano de Lançamento: 1993
Gênero: Drama
Duração: 114 minutos
Direção Mike Figgis

Elenco:

Richard Gere
Lena Olin
Anne Bancroft
Tom Irwin
Delroy Lindo



O fato de ultrapassar aquela simples linha de divisa entre nossa casa e o “mundo”, expõem-nos de uma maneira inacreditável. Basta entrarmos no elevador para que estejamos submetidos, a inúmeros julgamentos: sobre o que vestimos, falamos, somos, o que e como comemos,como andamos, gesticulamos, como é nosso cabelo, as idéias que temos, nossa postura, nossa opção sexual, a forma como gastamos nosso dinheiro, os critérios que temos para combinar nossas roupas.
Muitas vezes, a partir de fúteis critérios, decidem se somos ou não, inteligentes, interessantes, se podemos ou não ser admitidos em um emprego, nos relacionar, se seremos bem recebidos em um ambiente, se somos confiáveis, etc.
Quantas pessoas são descriminadas e marginalizadas por serem como são, simplesmente pela excentricidade, a fuga do convencional, o desejo de quebrar paradigmas ou de protestar, a vontade de satisfazer, sobretudo, a si mesmo, de provar que viver não tem uma fórmula perfeita.
Quantas vezes sentimos vontade de gritar, cantar ou dançar no meio da rua, quantas vezes, por medo da má-interpretação alheia deixamos de praticar atitudes simples que nos deixariam profundamente felizes, mas que não podem ser tomadas.
Vivemos em constante estado de intimidação, tememos que pensem que determinados atos que temos o desejo de praticar seriam considerados loucura e por isso quantas vezes nos privamos deles.
Ah! Mr. Jones. Faz-nos perder a credibilidade em prognósticos médicos, causa confusão e nos faz rever o conceito sobre o que é, ou não, loucura.
Viva uma vida eufórica, entusiástica, seja carismático, maluco, faça o que tiver vontade, o que dá prazer, o que acredita que pode e deve ser feito independentemente de razão, controle, senso comum, moral, lucidez, desperte paixões, fascínio, inveja, provoque admiração, infantil, não tenha medo do julgamento alheio, seja livre.
E só depois venha dizer-me se vale, ou não, à pena usar uma camisa de força de vez em quando.


Rendition

O título deve-se à Lei Extreme Rendition, um suspeito de terrorismo pode ser levado para seu país de origem e lá ser interrogado por autoridades norte-americanas.


Ficha técnica:

»Direção: Gavin Hood
»Roteiro: Kelley Sane
»Gênero: Policial
»País: EUA/África do Sul
»Ano de Lançamento: 2007

Site Oficial:

»http://www.renditionmovie.com

Elenco:

Omar Metwally
Reese Witherspoon
Meryl Streep
Jake Gyllenhaal




Lembro perfeitamente que quando fui assistir “Eu sou a lenda”, eu estava na e parei para ver os filmes que estavam em cartaz e ouvi alguém comentado:
- Esse filme tem cara de ser daqueles que a gente não dá nada, que vê acha bom pra caralho.
“Esse filme” era Rendition, no Brasil traduzido como “O Suspeito”.
Naquele mesmo dia vi o trailler e lembro que fiquei muito impressionada, eu acho incrível como nos convencem a ver um filme a partir do trailler, às vezes o resultado é positivo, às vezes negativo.
Sempre gostei de filme que tratam sobre tortura, repressão, terrorismo e ditadura, admiro muito a postura, caráter e dignidade das pessoas que promovem revolução e insurgem-se nessas situações, talvez tenha sido este o motivo pelo qual interessei-me pelo filme.
O filme trata paralelamente de uma mesma história sob diferentes perspectivas, algumas superficialmente e outras de forma mais amplas: a família de Anwar El-Ibrahimi (personagem de Omar Metwally) que parte da África do Sul em direção aos EUA, mas não chega ao seu destino, principalmente a busca desesperada de Isabella El-Ibrahimi (personagem de Reese Witherspoon), para descobrir onde está seu marido e o que deu origem ao seu desaparecimento; a rotina de Douglas Freeman (personagem de Jake Gyllenhaal), agente da CIA que estava presente quando aconteceu o ataque terrorista que deu início à toda a trama, e depois participa da investigação; o participante de um grupo terrorista em processo de ser homem-bomba; a família do policial que era alvo do ataque terrorista e que posteriormente comanda a investigação e procedimento da investigação envolvendo estes personagens.
O filme não é muito intenso, mas não peca ao abranger tantos temas, desde a retórica do comandante do grupo terrorista até os métodos utilizados pela CIA para colher informações, o medo do envolvimento político nestas situações.
Os resultados ineficazes da tortura ficam evidentes, o ciclo vicioso criado por falsas informações dadas por pessoas que, mesmo inocentes, precisam acusar alguém e o fazem, para preservar sua vida e/ou diminuir seu sofrimento.
O desrespeito aos direitos humanos e o preconceito contra os cidadão do Oriente-Médio e seus descendentes nos EUA, potencializado, principalmente após 11/09.
Enfim, “é um filme daqueles que a gente não dá nada, mas depois que vê acha bom pra caralho”.

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SEVEN

Os detetives de polícia Mills (Brad Pitt) e Somerset (Morgan Freeman) seguem as pistas de um serial killer (Kevin Spacey), que mata suas vítimas de acordo com os sete pecados capitais. O thriller de David Fincher conta também com a participação de Gwyneth Paltrow, no começo de sua carreira, interpretando Tracy, a esposa de Mills...


Tive inúmeras oportunidades para assistir o filme SEVEN, do diretor David Fincher (Fight Club, Panic Room), mas teimava em adiar, talvez por preconceitos com relação a filmes policiais, receio de um thriller previsível, e por aí vai. Fiquei admirado com esse filme que conta a história de dois policiais "Pink & Cérebro" que tentam obsessivamente encontrar o culpado dos vários "assassinatos" que ocorrem uma semana antes de William Somerset se aposentar. Mills, o policial emocional, impulsivo, e brincalhão, é interpretado por Brad Pitt, que tem bons e mals momentos no filme. Em algumas cenas aquele jeitão bobo e sarcástico de agir e falar lembra bastante o Mickey (Snatch - porcos e diamentes) e Tyler Durden (Fight Club). De qualquer forma, sua atuação nas últimas partes da película nos motiva a admitir que ele, assim como o resto do elenco, fizeram um bom filme. O encerramento não poderia ser melhor, não apenas pela tenção provocada com a possibilidade da execução do serial killer pelas mãos de Mills, que não queria matá-lo para exercer sua autoridade de policial, mas sim como ser humano. Descrente das instituições que protege, ele buscava vingança acreditando estar fazendo a coisa certa, e, assim, dormir em paz, seja na prisão ou em sua própria cama. Interessante mesmo foi o dialogo entre John Doe (Kevin Spacey) e Mills, quando o primeiro respondeu a pergunta: "Porque matou aquelas pessoas inocentes"? John argumenta que nenhuma delas eram ingênuas, nem mesmo Mills era inocente, pois assim como ele, eu, você, todos nós, toleramos todo tipo de violência em nossa sociedade, e aceitamos passivamente. Você pode chamar essa violência de pecado, ou de opressão da classe dominante, mas se esse filme vale a pena ser assistido, a meu ver, é porque ele faz o observador refletir até que ponto nós somos responsáveis pelo mundo que vivemos, de que maneira podemos interferir na realidade objetiva e, se temos o direito de expressar nossa liberdade sabendo que a mesma pode ferir a dignidade alheia e ou quem sabe até mesmo tirar a vida de outro ser. Precisamos de radicalismo(s) e sair por aí matando geral? Não vejo dessa forma, acredito que o diretor também não.


Ficha Técnica:

» Título Original: Seven
» Título no Brasil: Seven - Os Sete Pecados Capitais
» Ano de Lançamento: 1995
» Direção: David Fincher
» Roteiro: Andrew Kevin Walker
» Gênero: Policial
» Origem: Estados Unidos
» Duração: 127 minutos
» Tipo: Longa

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