Blindness

The only thing more terrifying than blindness is being the only one who can see


Se você já assistiu o filme Blindness(Fernando Meirelles) , adaptação do livro 'Ensaio sobre a Cegueira(José Saramago), e alguém lhe pediu comentários sobre a película, certamente você vai exigir da pessoa uns cinco minutos - no mínimo - para começar a arranhar a complexidade dos vários significados e interpretações. Eu gosto muito de cinema asiático. Um dos motivos é a fotografia que transmite a emoção de cada cena, tudo está ali, explícito, sem que, necessariamente, algum personagem tenha que abrir a boca ou chorar para que você reconheça a dramaticidade apresentada. Kieslowski é um diretor polonés que também tem uma preocupação exagerada e detalhista com a fotografia ee seus filmes(A dupla vida de verônica, A igualdade é branca, Não matarás). Fernando Meirelles não dirigiu uma ficção daquelas que você sai do cinema chorando horrores; O filme não é sensacionalista. Foi legal que no caminho para o cinema, ontem a noite, eu e minha companheira(Ani), encontramos um professor da faculdade que conversou conosco sobre 'choques', dos mais diversos tipos. Lembro que eu lhe disse que muitos livros chocam a gente, e portanto, são dignos de lembrança por serem bons livros. Blindness chocou a todos nós naquela sala. Ninguém poderia sair indiferente depois de um roteiro tão familiar, tão cotidiano! The only thing more terrifying than blindness is being the only one who can see. Diz a esposa(Julianne Moore) do Médico(Mark Ruffalo). As pessoas começam a ficar cegas e apenas uma consegue ver. Talvez ela tenha sido a única que sentiu inveja quando ouviu de um companheiro "Eu voltei a enxergar! É tudo lindo!".


Direção: Fernando Meirelles
Roteiro: Fernando Meirelles, José Saramago
Ano de lançamento: 2008


Atores:
Juliano Moore
Mark Ruffalo
Gael Garcia Bernal
Danny Gloover
Alice Braga


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La Notte

O cinema da década de sessenta geralmente desagrada o público contemporâneo porque é tedioso, contemplativo, e cheio de simbolismos. Este filme do diretor Michelangelo Antonioni foge um pouco desse modelo por ser mais dinâmico e conter mais diálogos. São aproximadamente duas horas de um filme que aborda os temas: angústia, solidão, rotina. Giovanni Pontano e Lidia são casados e tem uma situação econômica e emocional razoável, sem problemas evidentes. Certa vez, eles saem a noite, assistem uma apresentação de dançarinos, ficam entediados e resolvem ir até uma festa. Nessa ocasião acontecem coisas surpreendentes. Traição, corrupção, hipocrisia, o que há de repulsivo no ser humano é representado por várias atitudes do marido de Lídia, ela - mesmo longe do marido - se nega a traí-lo. A Noite é uma crítica social, mas vai além disso. Este é o segundo filme da trilogia da incomunicabilidade.






# Informações Técnicas
Título no Brasil: A Noite
Título Original: La Notte
País de Origem: Itália
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 120 minutos
Ano de Lançamento: 1961
Direção: Michelangelo Antonioni

# Elenco
Marcello Mastroianni - Giovanni Pontano
Jeanne Moreau - Lidia
Monica Vitti - Valentina Gherardini
Bernhard Wicki - Tommaso Garani
Rosy Mazzacurati - Rosy


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Filme baseado na história real de um vendedor de móveis que, em 1972, armou um plano para assassinar o então presidente Richard Nixon seqüestrando um avião para jogar uma bomba de gás sobre a Casa Branca.




Niels Muller, realizador desta obra prima contemporânea, fez crescer em nossos corações a semente do absurdo e solidariedade. Não, nenhum outro ator poderia estar no lugar de Sean Penn, porque nesse filme está presente o seu melhor; Autenticidade e vigor que raramente foi visto no cinema. Basicamente, o roteiro apresenta-nos o processo de politização e revolta de Samuel Bicke, trabalhador de uma loja de móveis. Muitos críticos dizem que esse personagem é um fracassado. Mas isso é um grande engano. Sam venceu seus medos e frustrações; Chegou ao ponto máximo da intolerância quando decidiu matar o presidente Nixon, e por em risco a vida de outras pessoas. Naomi Watts que faz o papel de Marie Andersen Bicke (ex esposa de Sam) novamente está num filme com Sean Penn (21 Grams). Don Cheadle completa o elenco com um personagem ideologicamente oposto a Sam.





Ficha Técnica
Título no Brasil: O assassinato de um presidente
Direção: Niels Muller
Roteiro: Niels Muller e Kevin Kennedy
Duração: 95 minutos
Ano de lançamento: 2006
País: EUA
Idioma: Inglês
Gênero: Drama


Elenco
Sean Penn,
Naomi Watts,
Don Cheadle,
Jack Thompson,
Brad William Henke,
Nick Searcy


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WANTED

What did he do to deserve to die? You don't know. I didn't know if he was bad. I didn't know if he was evil. I didn't know anything about him. We get orders from a loom; fate. And we're supposed to take enough faith in what we're doing is right. Killing someone we know nothing about.


Os atrativos deste filme, a primeira vista são, Morgan Freeman e Angelina Jolie. Nenhum dos dois, claro, tiveram interpretações dignas para receber prêmios mundo a fora; Duvido até que os seus maiores fãs tenham aplaudido de pé, no final de quase duas horas. Wanted, em si, é um exercício cinematográfico muito interessante, porque nos convida - mesmo que indiretamente - a romper com preconceitos contra filmes com muitos efeitos especiais, de muita ação, tipo "cinemapipoca". Timur Bekmambetov, neste trabalho, demonstrou com inteligência algumas representações do dogmatismo, corrupção e abuso de poder. Aí você se pergunta como esse tipo de crítica político-social, poderia estar vinculado ao filme bang-bang moderno? Méritos de um roteiro e direção empolgantes, que fazem você sair do cinema pensando no filme, comparando com o seu cotidiano. "Mate um, talvez salve milhares", interessante analisar o discurso da mídia, melhor ainda é perceber e criticar essas mensagens no cinema, onde tudo é aceito com mais facilidade; O contraponto dessa máxima da política do terror contemporâneo está num filme chamado Rendition, analisado por Ani Barichello, aqui mesmo no Cinema & Cia Ltda.

Sinopse: Wesley (James McAvoy) é sum cidadão comum, com sua rotina e frustrações, que do dia pra noite passa a ser perseguido por Fox (Angelina Jolie), membro de uma fraternidade de assassinos comandada por Sloan (Morgan Freeman). O plano da entidade é treinar Wesley para que ele se integre ao grupo, e consiga matar um alvo revelado pelo 'Destino'.


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Informações Técnicas
Título no Brasil: O Procurado
Título Original: Wanted
País de Origem: EUA
Gênero: Ação
Classificação etária: 18 anos
Tempo de Duração: 110 minutos
Ano de Lançamento: 2008
Site Oficial: http://www.wantedmovie.com
Direção: Timur Bekmambetov
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Elenco
James McAvoy - Wesley Allan Gibson
Morgan Freeman - Sloan
Angelina Jolie - Fox
Terence Stamp - Pekwarsky
Thomas Kretschmann - Cross
Common - Gunsmith
Kristen Hager - Cathy
Marc Warren - The Repairman
David O'Hara - Sr. X
Konstantin Khabensky - The Exterminator
Dato Bakhtadze - The Butcher
Chris Pratt - Barry
Lorna Scott - Janice
Sophiya Haque - Puja
Brad Calcaterra - Assassin Max Petridge

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Curiosidade:
Baseado na série de história em quadrinhos de Mark Millar
Diretor criador de 'Guardiões da Noite', franquia de filmes de maior sucesso na história da Rússia.

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GRIZZLY MAN

Sinopse: Conheça a vida de Timothy Treadwell, um ambientalista que passou 13 verões consecutivos no Alasca, vivendo desarmado entre os animais.



O ser humano ao longo da história, apresenta extremos na relação com os outros animais. Ou desrespeita a dignidade e liberdade dos outros seres vivos, ou se torna um tipo de 'Homem Urso', e trata os outros bichos com essa compaixão exagerada, chegando ao ponto de agir como macacos, ou ursos. Exemplos não faltam. No reino animal o que sempre funcionou - por muito tempo - antes de começarmos a domesticá-los, foi a Lei do respeito. Esse respeito significa que, se você faz parte de uma outra espécie, eu não vou lhe exterminar, muito menos acabar com a sua comida (ou com aqueles que você é predador). Portanto os animais tem esse respeito de não se exterminarem (direta ou indiretamente).


Não se vê macaco passando a mão na cabeça de tatu. Tampouco encontramos leões lambendo uma zebra. Nunca vi girafa tentando ser gorila, ou sapo imitando o life-style de um camundongo. Mas nós adoramos fazer isso, é impressionante. "Instinto", é um outro filme que possui um tema semelhante. Ele é baseado na obra do Daniel Quinn, Ismael.


Quinn, fez duras críticas ao filme, justamente porque o personagem principal queria viver como um gorila, incorporando seus costumes e compartilhando o mesmo habitat. O ponto não é: "vamos aprender com os outros animais sendo como eles", mas sim: "Vamos respeitá-los assim como apoiar a diversidade de cada cultura, seja ela de que espécie for". Essas reservas de "proteção" aos animais, que são mostradas no filme 'o homem urso', são uma piada de mal gosto à qualquer um que tenha um senso mais crítico da realidade. Como pode uma raça dizer: "Olha, veja bem... Nós vamos ceder um pedacinho de terra para vocês nascerem, crescerem e morrerem, mas não antes da gente brincar de atirar em você, arrancar sua pele e fazer da sua mão um cinzeiro".


Essa "viagem" que o ambientalista Timothy Treadwell, tinha de angelicar os outros animais é uma idiotice sem tamanho. Ele não entendia como os outros bichos também podem fazer mal uns ao outros, e serem egoístas. Essa é uma das críticas que o diretor , Werner Herzog, que narra o filme fez, com boa razão. É interessante quando Timothy, encontra um urso bebê morto, e custa a acreditar que tenha sido um outro urso que tenha matado seu próprio filho, para que a mãe possa transar com ele novamente em vez de amamentar o seu bebê. O filme/documentário, levanta várias questões super interessantes sobre a nossa relação com o mundo e os animais, que tentam sobreviver nesse planeta governado por uma única raça. Indiscutível é o Amor que esse homem tinha pelos animais, e os momentos de pura comoção que a magnífica direção, assim como as entrevistas dos que conheciam o ambientalista provocam em nossos corações.




Ficha Técnica


Direção: Werner Herzog
Roteiro: Werner Herzog
Nacionalidade: Estados Unidos
Ano de lançamento: 2005

Tipo: Longa, 103 minutos

Gênero: Documentário

Idioma: Inglês

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Prêmios


- Vencedor, 2005, Sundance film festival

Prêmio Alfred P Sloan

- Vencedor, 2005, Mountain film festival

Melhor documentário


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FESTEN

Thomas Vinterberg, roteirista e diretor, representou nesse trabalho de 1998, o sentimento de rancor com extrema maestria; E ironicamente, a verdade, mais uma vez, saiu depois que o álcool entrou.


Primeira obra do projeto dogma 95, Festen explora as relações de poder dentro de uma família tradicional, que por trás da alta classe social que pertence, deixa transparecer - mesmo que internamente - a injustiça e a corrupção, que será atacada por Christian Klingenfeld, um dos filhos de Helge que reune os parentes para a comemoração dos seus 60 anos. Festen se encaixa perfeitamente no conceito de obra de arte de Dean Koontz, romancista americano. Segundo ele, a Arte deve chocar o espectador, deixá-lo envergonhado perante suas próprias convicções; A Arte é um ataque direto a todo conservadorismo, portanto, a grande contribuição da Arte é a sua capacidade de nos motivar a transvalorar a(s) verdade(s) que nos fizeram acreditar. Thomas Vinterberg, roteirista e diretor, representou nesse trabalho de 1998 o sentimento de rancor com extrema maestria; E ironicamente a verdade, mais uma vez, saiu depois que o álcool entrou. É revoltando e deveras comovente a presença do Racismo na família de Michelle, a irmã, que leva para a festa o seu namorado negro. Toda a violência é apresentada de diferentes maneiras, logo, precisamos de uma autocrítica a altura das consequências dos nossos atos particulares e em sociedade.





Ator/Atriz Personagem

* Ulrich Thomsen Christian Klingenfeldt
* Henning Moritzen - Pai
* Thomas Bo Larsen - Michael
* Paprika Steen - Helene
* Birthe Neumann - Mãe
* Trine Dyrholm - Pia
* Helle Dolleris - Mette
* Therese Glahn - Michelle


Ficha Técnica

Direção: Thomar Vinterberg
Roteiro: Thomar Vinterberg
Ano de lançamnto: 1998
Título em português: Festa em Familia
Idioma: Dinarmarquês
Gênero: Drama
Nacionalidade: Dinamarca
Tipo: Longa, 105 minutos
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Fahrenheit 451

— O que faz nas horas de folga, Montag?
— Muita coisa... corto a grama...
— E se fosse proibido?
— Ficaria olhando crescer, senhor.
— Você tem futuro.


A obra de Ray Bradbury, está entre as leituras subversivas que são adoráveis de ler na juventude, porque a cada página lida o jovem sente-se revoltado com a hipótese de um futuro pior do que o seu cotidiano, assim, motiva-se a lutar contra as técnicas de dominação que os sistemas jurídico e religioso lhe impõe. Fahrenheit 451, filmado em 1966 por François Truffaut é um tributo a resistência da sociedade que tem a consciência da importância da leitura para a formação de um povo com autonomia, politização, e capacidade de crítica e autocrítica.

Sinopse: A história é sobre um bombeiro que conhece uma professora (Julie Cristie) que se atreve a ler. Depois de algum tempo, Guy Montag sente vontade de saber o que há de tão perigoso nesses livros que ele queima a cada denuncia que recebe por parte de civis que também não são a favor da leitura. Oskar Werner representa muito bem o que os leitores esperavam do personagem. Provavelmente o público que gostou de 'Laranja Mecânica' e 1984, vai usar esses dois brilhantes trabalhos, de Radbury e Truffaut, para fundamentar sua crítica ao Estado interventor na individualidade dos cidadãos.




Elenco
  • Oscar Werner - Guy Montag
  • Julie Cristie - Clarisse / Linda Montag
  • Cyril Cusack - capitão
  • Anton Diffring - Fabian / Headmistress
  • Jeremy Spenser - homem com a maçã
  • Bee Duffell
  • Alex Scott
  • Noel Davis

Ficha Técnica
Roteiro: Jean-Louis Richard
Gênero: Ficção científica
Idioma: Inglês
Ano de lançamento: 1966
Nacionalidade: Reino Unido


Principais prêmios e indicações
BAFTA 1967 (Reino Unido)
  • Indicado na categoria de Melhor Atriz (Julie Christie).

Festival de Veneza 1966 (Itália)

  • Foi indicado ao prêmio Leão de Ouro
Curiosidades
¹O nome da obra é uma referência à temperatura que o papel queima.
²Primeiro filme colorido do diretor.

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